Justiça

Tarcísio pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro em Brasília

A solicitação ao STF ocorre após o cancelamento de uma viagem para articular anistia

Tarcísio pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro em Brasília
Tarcísio pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro em Brasília
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Foto: Alan Santos/PR
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), solicitou nesta segunda-feira 15 ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília.

O pedido ocorre no mesmo dia em que Tarcísio cancelou a viagem que faria à capital federal para se reunir com lideranças do Congresso em defesa do projeto de lei da anistia aos golpistas de 8 de Janeiro.

No requerimento encaminhado ao STF, o governador se refere a Bolsonaro como “amigo ora recluso” e se apresenta como “correligionário” do ex-presidente. Tarcísio já havia obtido autorização para uma visita anterior, em 7 de agosto. Caso o novo pedido seja aceito, o encontro deve ocorrer nesta terça-feira 16.

A visita, se confirmada, será a primeira após a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente, considerado inelegível, permanece em prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares.

Além do governador, congressistas e dirigentes aliados também buscam autorização para encontrar Bolsonaro. A defesa do ex-presidente protocolou nesta segunda pedidos para que ele receba o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o relator do projeto da anistia, deputado Rodrigo Valadares (União-SE). Também foram incluídos os nomes do líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), do ex-ministro Adolfo Sachsida e do senador Wilder Morais (PL-GO).

O movimento ocorre em meio à pressão da oposição pela aprovação de uma anistia ampla e irrestrita que alcance Bolsonaro. Enquanto o projeto pode avançar na Câmara sob comando do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), encontra maior resistência no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) tenta construir uma versão alternativa, prevendo apenas redução de penas para quem participou dos atos sem envolvimento no planejamento ou no financiamento.

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