Justiça

PF prende bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília

George Washington era alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

PF prende bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília
PF prende bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília
George Washington de Oliveira Sousa, preso em flagrante por tentativa de atentado a bomba no DF. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

Condenado pela tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília em 2022, George Washington de Oliveira Sousa foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira 9. O bolsonarista, que estava foragido desde junho, foi detido no bairro Guará, região administrativa do Distrito Federal, e levado à 1ª Delegacia de Polícia Civil.

George, que era alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é réu na Corte por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Em julho, Moraes determinou a notificação do bolsonarista por edital, após tentativas frustradas de localizá-lo pelos meios tradicionais. Na decisão, o ministro afirmou que o réu estava “foragido e, portanto, em local incerto e não sabido”.

Sousa chegou a ser preso no dia do atentado, mas passou para o regime aberto em fevereiro deste ano. Na primeira instância, foi sentenciado a nove anos de prisão por ter colocado o artefato explosivo em um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto de Brasília.

O inquérito sobre o caso foi encaminhado ao STF devido à semelhança com os crimes cometidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. A PF apontou que a estratégia de explosão no aeroporto foi concebida no acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Os outros dois réus por este episódio, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, já estão presos.

O plano de detonar o artefato só não foi adiante porque um funcionário da empresa administradora do aeroporto alertou as autoridades sobre a presença de um objeto estranho abandonado próximo a um caminhão-tanque.

George Washington transportou do Pará a Brasília armas de fogo, dinamite, acessórios e munições. “O propósito dele seria distribuir os armamentos a indivíduos dispostos a usá-los no cumprimento de seu intuito: garantir distúrbios sociais e evitar a propagação do que ele denomina como comunismo”, concluiu o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília.

O objetivo da ação, relataram os acusados em depoimento, era explodir parte das instalações elétricas da capital federal e, com isso, “impor estado de sítio” no País.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo