Política

Relator da CPMI do INSS pede prisão preventiva contra investigados

O pedido do relator será submetido à votação do colegiado. Se aprovado, será encaminhado ao STF

Relator da CPMI do INSS pede prisão preventiva contra investigados
Relator da CPMI do INSS pede prisão preventiva contra investigados
O relator da CPMI do INSS, Alfredo Gaspar (União-AL), o presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), e o advogado Eli Cohen. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) relator da CPMI do INSS, pediu nesta segunda-feira 1º que o colegiado encaminhe ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal Federal o pedido de prisão preventiva de 21 pessoas citadas pelo advogado Eli Cohen, ouvido na CPMI nesta segunda.

“Nós temos indícios suficientes de autoria, nós estamos com provas da materialidade dos crimes. (…) São os personagens principais de uma organização criminosa”, disse Gaspar. O pedido do relator será agora submetido à votação do colegiado.

Durante o seu depoimento, Cohen afirmou ter descoberto que as fraudes começaram em 2005 e, a pedido do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), Cohen citou os nomes de pessoas que supostamente coordenavam o esquema. Ele detalhou o papel de cada uma delas nas fraudes, chefiadas pelo empresário Maurício Camisotti e pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”.

Os citados pelo advogado foram os seguintes:

  • André Paulo Félix Fidélis, apontado pela investigação como integrante do grupo suspeito de intermediar pedidos fraudulentos junto ao INSS;
  • Erick Douglas Martins Fidélis, filho de André Paulo, teria atuado em conjunto em processos suspeitos de concessão de benefícios;
  • Cecília Rodrigues Motta, mencionada em documentos como beneficiária de aposentadoria ou pensão obtida de forma irregular;
  • Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, apontado como participante do esquema, supostamente responsável por recrutar interessados em obter vantagens previdenciárias indevidas;
  • Taisa Hoffmann Jonasson, nome incluído na apuração, ligada a solicitações suspeitas de benefícios junto ao INSS;
  • Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, Relacionada em investigação sobre recebimento de pagamentos indevidos da Previdência;
  • Alexandre Guimarães, citado em relatórios policiais como integrante de núcleo que orientava ou articulava fraudes em benefícios;
  • Antônio Carlos Camilo Antunes, apontado como suspeito de atuar em processos administrativos fraudulentos;
  • Rubens Oliveira Costa – Identificado como possível favorecido em esquema de concessão de pensões ou auxílios irregulares;
  • Romeu Carvalho Antunes, citado como associado a concessões de benefícios fraudados;
  • Domingos Sávio de Castro, mencionado em investigações, teria se beneficiado de aposentadoria indevida;
  • Milton Salvador de Almeida Júnior, apontado como parte do grupo investigado, com envolvimento em documentação fraudulenta;
  • Adelinon Rodrigues Júnior, nome que surge em apurações sobre recebimento de valores do INSS sem respaldo legal;
  • Alessandro Antônio Stefanuto, relacionado em inquérito que apura concessões simuladas de benefícios;
  • Giovani Batista Speaker, apontado pela Polícia Federal como ligado a processos administrativos suspeitos;
  • Reinaldo Carlos Barroso de Almeida, citado como possível intermediário em fraudes previdenciárias;
  • Vanderlei Barbosa dos Santos, nome incluído no inquérito como beneficiário de pagamentos irregulares;
  • Jucimar Fonseca da Silva, suspeito de participação no esquema;
  • Phillip Roter Coutinho, mencionado como parte do grupo que teria obtido vantagens indevidas em benefícios;
  • Maurício Camisotti, citado como beneficiário em investigações sobre fraude previdenciária; e
  • Márcio Alaor de Araújo, citado por testemunha na CPI do INSS como envolvido em esquema de desconto de consignado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo