Justiça
Lindbergh pede a Moraes que decrete a prisão preventiva de Bolsonaro
O objetivo, segundo o líder do PT na Câmara, é garantir a ordem pública e econômica durante o julgamento da ação do golpe


Líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira 22 que determine a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto por descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Lindbergh, a prisão preventiva busca garantir a ordem pública e econômica durante o julgamento da ação do golpe, marcado para começar em 2 de setembro.
Na representação, o petista argumenta que as condutas de Bolsonaro “transcendem a mera desobediência individual, inserindo-se em um padrão de caos organizado e desestabilização institucional“. Ele cita no documento as recentes investidas do governo dos Estados Unidos, com a aplicação de sanções sobre autoridades brasileiras.
Os episódios recentes, acrescenta o líder petista, fazem parte de uma “lógica de permanente intimidação das autoridades públicas, por meio da propagação de desinformação em larga escala, da mobilização de estruturas milicianas digitais e da criação de um ambiente de instabilidade política, econômica e social”.
A decisão sobre a prisão preventiva de Bolsonaro cabe a Moraes, que ainda não se manifestou.
Na quinta-feira, Lindbergh pediu ao STF que bloqueie os bens de Bolsonaro, de sua esposa Michelle (PL) e dos filhos Eduardo e Carlos pelos supostos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A ação baseia-se em um relatório da Polícia Federal a apontar, com base em dados do Coaf, que Jair movimentou mais de 30 milhões de reais em um ano.
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