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‘Mais uma parcela do custo Bolsonaro’, diz Gleisi em meio a queda nas ações de bancos
Valor de mercado de instituições financeiras caiu após decisão de Flávio Dino sobre abrangência da Lei Magnitsky no País


A ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta quarta-feira 20 após queda nas ações de bancos brasileiros na véspera, em reação do mercado financeiro à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a abrangência da Lei Magnitsky no país.
“Quem agrediu o sistema financeiro no Brasil foi Donald Trump, provocado por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo. O ministro Flavio Dino tomou uma decisão em defesa da soberania nacional, das nossas leis e até dos bancos que operam em nosso país. Agiu em legítima defesa do Brasil”, escreveu Gleisi.
Na terça 19, as ações do Banco do Brasil caíram 6,03%; as do Santander perderam 4,88%; a queda do Itaú foi de 3,84%; e a do Bradesco de 3,43%.
“A especulação com o valor das ações dos bancos é mais uma parcela do Custo Bolsonaro, que recai sobre o país desde que ele se aliou a Trump para fugir do julgamento por seus crimes”, completou a ministra.
Na terça, Dino assinou decisão que esclareceu o despacho emitido por ele mesmo na véspera, afastando a validade imediata no Brasil de determinações judiciais, leis, decretos e ordens executivas de outros países.
O texto não menciona textualmente a Lei Magnitsky, aplicada pelo governo Trump contra o também ministro do STF Alexandre de Moraes, mas fala em “fortalecimento de ondas de imposição de força de algumas nações sobre outras”.
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