Justiça
Fachin é eleito novo presidente do STF; Moraes é o vice
O ministro comandará a Corte até 2027 e estará à frente do Judiciário nas eleições de 2026


O Supremo Tribunal Federal elegeu nesta quarta-feira 13 o ministro Edson Fachin como o novo presidente da Corte para o biênio 2025-2027. Ele sucede Luís Roberto Barroso e terá como vice o ministro Alexandre de Moraes.
A posse está marcada para 29 de setembro, em cerimônia que reunirá mais de mil convidados na sede do STF, sob forte esquema de segurança.
A escolha foi feita em votação secreta entre os 11 ministros, mas seguiu a tradição de eleger o integrante mais antigo que ainda não tenha ocupado a presidência da Corte. Por isso, o pleito é considerado simbólico, já que não há disputa formal: a rotatividade por antiguidade no tribunal define a ordem dos futuros presidentes.
Além de comandar o STF, Fachin também assumirá a presidência do Conselho Nacional de Justiça, cargo que concentra a representação institucional do Judiciário. Sua gestão se estenderá até 2027, período que inclui a condução da Corte durante as eleições presidenciais de 2026.
Nos bastidores, a transição entre as equipes de Barroso e Fachin já estava praticamente concluída antes mesmo da eleição. Com a mudança, Barroso passará a integrar a Segunda Turma do tribunal, assumindo a cadeira deixada por Fachin e voltando a dividir colegiado com Gilmar Mendes. Além do decano, fazem parte da Segunda Turma: Nunes Marques, Dias Toffoli e André Mendonça.
A expectativa é que Fachin adote um estilo de gestão discreto e institucional. Pautas “polêmicas”, portanto, devem ser preteridas.
“Nós continuaremos buscando fortalecer a colegialidade e a pluralidade, sempre abertos ao diálogo”, disse o ministro.
Quem é Edson Fachin
Natural de Rondinha (RS), 67 anos, Edson Fachin é ministro do STF desde 16 de junho de 2015, indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Professor titular de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná, é mestre e doutor pela PUC-SP e possui pós-doutorado no Canadá.
Antes de chegar à Corte, atuou como procurador do Estado do Paraná (1990-2006), colaborou na reforma do Judiciário e participou da elaboração do novo Código Civil no Senado. No comando do Tribunal Superior Eleitoral, em 2022, liderou o enfrentamento à pauta do voto impresso bolsonarista e iniciou ações contra a desinformação eleitoral.
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