Justiça

Zanin segue Moraes e vota para tornar réu dono de loja de armas em Brasília que participou do 8 de Janeiro

A denúncia contra Mohammad Sadegh Kharazmi foi apresentada pela Polícia Federal; caso é analisado pela Primeira Turma do Supremo

Zanin segue Moraes e vota para tornar réu dono de loja de armas em Brasília que participou do 8 de Janeiro
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O ministro Cristiano Zanin, do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, seguiu o entendimento do ministro Alexandre de Moraes e também votou para aceitar a denúncia da Polícia Federal e tornar réu Mohammad Sadegh Kharazmi por participação nos atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023. Os votos foram apresentados no plenário virtual. O placar, até esta quarta-feira 13, é de 2 a 0.

Kharazmi é dono da Red Dot Custom, uma loja de armas em Brasília. Ele entrou na mira da PF após publicar vídeos, nas próprias redes sociais, em que aparecia na Praça dos Três Poderes durante a depredação. Interrogado, ele admitiu estar no local naquele 8 de Janeiro e ter transmitido as imagens da invasão e destruição dos prédios públicos em tempo real. Nascido em Teerã, no Irã, e naturalizado brasileiro, ele também é suspeito de ser um dos financiadores os atos golpistas.

Segundo a PF, não há dúvidas, portanto, que o dono da loja de armas tenha se juntado à empreitada golpista e participado daquele 8 de Janeiro. Moraes reconheceu, no voto, que “o denunciado, conforme narrado na denúncia, integrava o núcleo responsável pela execução dos atentados materiais contra as sedes dos Três Poderes.”

Para o ministro, há justa causa para que o STF receba a denúncia e torne Kharazmi réu pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

O recebimento da denúncia é julgado pela Primeira Turma do STF, formada também pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. O colegiado, que iniciou a análise do caso na última sexta-feira 8, tem até o dia 18 de agosto para inserir os votos no sistema.

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