Justiça

Tarcísio alega razão ‘humanitária’ e pede autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

A decisão cabe ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que mandou Bolsonaro dizer se tem interesse em receber o governador

Tarcísio alega razão ‘humanitária’ e pede autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar
Tarcísio alega razão ‘humanitária’ e pede autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar
Jair Bolsonaro acompanhado de Tárcísio Gomes de Freitas. Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira 6 autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar.

Tarcísio alegou razões “humanitárias” na petição, enviada ao ministro Alexandre de Moraes.

A visita ao ex-capitão pode ocorrer nesta quinta-feira 7, quando Tarcísio estará em Brasília. No pedido, o governador se compromete a seguir todas as determinações estabelecidas pelo Supremo e diz levar em conta “razões político-institucionais e humanitárias que justificam a autorização de visita pessoal”.

Minutos depois, Moraes mandou a defesa de Bolsonaro se manifestar sobre o interesse em receber o governador paulista em sua residência. O ministro ordenou a prisão domiciliar de Bolsonaro por “reiterado descumprimento de medidas cautelares”, após a participação remota do ex-presidente em manifestações contra o STF no domingo 3.

Mais cedo nesta quarta, Moraes autorizou a visita de familiares de Bolsonaro sem prévia solicitação, mas proibiu que eles utilizem celular na presença do réu, tirem fotos ou gravem vídeos.

Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura, figura entre os cotados a “suceder” o inelegível Bolsonaro na liderança da extrema-direita. Na segunda-feira 4, o governador afirmou que a prisão domiciliar de seu ex-chefe é “absurda e antidemocrática”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo