Justiça
Polícia Federal recolheu celulares na casa de Bolsonaro após decisão de Moraes
O ex-presidente está preso em seu domicílio após ter infringido medidas cautelares impostas pelo STF
A Polícia Federal afirmou ter cumprido nesta segunda 4 um mandado de busca e apreensão de aparelhos celulares, além do mandado de prisão domiciliar, na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília.
As ações ocorrem após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro após entender que ele infringiu as medidas cautelares a que estava condicionado (Leia a íntegra da decisão)
A PF não detalhou quantos aparelhos foram recolhidos. A defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou.
A decisão foi tomada um dia depois de Bolsonaro surgir em um vídeo publicado nas redes sociais de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), comentando o ato que acontecia no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana. O conteúdo chegou a ser apagado a pedido da defesa do ex-presidente, mas não reverteu a decisão de Moraes.
Bolsonaro estava proibido de utilizar as redes sociais, proibição que englobava transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer plataforma em contas de terceiros.
O ex-capitão já usava uma tornozeleira eletrônica desde o dia 18 de julho, quando as medidas cautelares foram impostas no âmbito das investigações que apuram a tentativa de interferência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e atualmente nos Estados Unidos, nas ações penais que Bolsonaro responde.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



