Justiça

O ‘local incerto e não sabido’ de condenado por bomba no Aeroporto de Brasília

Já sentenciados no DF, réus também terão de enfrentar um julgamento no STF

O ‘local incerto e não sabido’ de condenado por bomba no Aeroporto de Brasília
O ‘local incerto e não sabido’ de condenado por bomba no Aeroporto de Brasília
Créditos: Divulgação GDF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a notificação por edital de George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela Justiça do Distrito Federal por planejar um atentado a bomba no Aeroporto de Brasília em dezembro de 2022.

Considerado foragido, Washington é réu no STF por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Os outros dois réus, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, já estão presos e serão notificados na cadeia sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

George Washington, porém, está em “local incerto e não sabido”, conforme a decisão de Moraes assinada na quarta-feira 16. O ministro decretou em 24 de junho a prisão preventiva dele.

Após a notificação, os réus terão 15 dias para apresentar sua defesa prévia contra a denúncia da PGR.

O inquérito sobre o caso foi encaminhado à Corte devido à semelhança com os crimes cometidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. A Polícia Federal apontou que a estratégia de explosão no aeroporto foi concebida no acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O plano de detonar o artefato só não foi adiante porque um funcionário da empresa administradora do aeroporto alertou as autoridades sobre a presença de um objeto estranho abandonado próximo a um caminhão-tanque.

George Washington transportou do Pará a Brasília armas de fogo, dinamite, acessórios e munições. “O propósito dele seria distribuir os armamentos a indivíduos dispostos a usá-los no cumprimento de seu intuito: garantir distúrbios sociais e evitar a propagação do que ele denomina como comunismo”, concluiu o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília.

O objetivo da ação, relataram os acusados em depoimento, era explodir parte das instalações elétricas da capital federal e, com isso, “impor estado de sítio” no País.

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