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Alckmin critica Bolsonaro após taxação de Trump: ‘Antes um atentado à democracia, agora à economia’
O vice-presidente reiterou que o Brasil se mantém aberto ao diálogo e citou comitê de emergência anunciado pelo presidente Lula
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) fez críticas ao anúncio feito pelo presidente Donald Trump de taxar em 50% os produtos brasileiros, como retaliação ao processo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta junto ao Supremo Tribunal Federal.
“Nós já constatávamos que o clã Bolsonaro trabalhou contra o interesse do País e do povo brasileiro”, disse ao citar retrocessos do antigo governo na área da saúde, sobretudo durante a pandemia, além de áreas como infraestrutura e meio ambiente e economia. Alckmin ainda citou a tentativa de golpe de estado pela qual Bolsonaro virou réu.
“Agora, a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e o povo brasileiro. Antes era um atentado à democracia, agora é um atentado à economia, prejudicando as empresas e os empregos”, completou.
Questionado sobre a adoção da lei da reciprocidade contra o governo norte-americano, Alckmin afirmou que o governo irá editar nos próximos dias um decreto para regulamentar o mecanismo.
O vice-presidente ainda citou o anúncio feito pelo presidente Lula (PT) de criar um comitê de emergência com empresários para contrapor o anúncio de taxação feito pelo presidente norte-americano. “O Brasil sempre esteve aberto ao diálogo”, resumiu.
Alckmin concedeu uma coletiva de imprensa a jornalistas, nesta quinta-feira 10, após participar de uma cerimônia em que o governo federal anunciou IPI zero para carros sustentáveis.
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