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Freixo: Câmara deve se opor a presidente sem compromisso democrático

Candidato da Esquerda na Câmara defendeu maior participação popular nos mandatos legislativos

Freixo: Câmara deve se opor a presidente sem compromisso democrático
Freixo: Câmara deve se opor a presidente sem compromisso democrático
Deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) (Foto: Agência Câmara)
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Em seu discurso de candidato à Presidência da Casa, o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) criticou pontos do programa de governo do presidente da República Jair Bolsonaro, como a mudança nos critérios para demarcação de terras indígenas.

“Nós formamos um bloco verdadeiramente de oposição ao governo nesta Casa. A democracia está em risco neste país porque ela é frágil. A Câmara precisa responder a um presidente que não tem compromisso com a democracia”, afirmou.

Ele citou a desistência do deputado eleito Jean Wyllys (Psol-RJ) ao mandato como um indício do aumento da perseguição a minorias no Brasil, cobrando o fortalecimento da democracia e a apuração de casos como o assassinato da vereadora de seu partido na cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco.

Freixo lembrou ainda que a atual renovação da Câmara é a maior desde 1990, mas defendeu a ampliação da participação popular no debate das matérias, com aumento das audiências públicas. “Temos também de aprender a ouvir a população e o próximo presidente desta Casa tem de garantir a participação da população e o direito das minorias”, disse, condenando o fanatismo.

Discurso de Rodrigo Maia

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Já o atual presidente da Câmara e candidato reeleição, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, passados 30 anos de redemocratização, o Brasil foi “capturado por interesses de corporações públicas e privadas”, o que comprometeu as despesas e deixou o País sem capacidade de investimento.

“De cada R$ 100 do nosso orçamento, R$ 94 são de despesas obrigatórias que não podemos cortar. E se organizarmos a despesa, vamos enfrentar essa extrema pobreza vergonhosa e garantir recursos para saúde, educação e para a segurança pública”, disse.

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