Justiça
8 de Janeiro: Gestante consegue se livrar de tornozeleira, mas sofre condenação no STF
Resta apenas saber a dosimetria da pena. Até aqui, prevalece o voto de Alexandre de Moraes, por 17 anos de prisão


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para condenar Rieny Munhoz Marcula, ré por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. Resta, porém, definir a pena.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino propuseram uma sentença de 17 anos de prisão, enquanto Cristiano Zanin recomendou 15 anos. Faltam os votos de Cármen Lúcia e Luiz Fux, que podem se manifestar até a próxima segunda-feira 30.
Na última segunda 23, Moraes determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Rieny, que passa por uma gestação de alto risco. Ela está em liberdade provisória desde 2023.
Segundo o relator, ao contrário do que sustenta a defesa, os elementos no processo demonstram o envolvimento de Rieny na empreitada criminosa.
“Ficou claro, a partir das provas produzidas e das circunstâncias acima delineadas, que se aliou subjetivamente à associação criminosa armada, com estabilidade e permanência, objetivando a prática das figuras típicas (…) e culminando no ocorrido no dia 8/1/2023”, escreveu Moraes.
Em suas alegações finais, os advogados solicitaram a nulidade do processo por violação ao princípio da ampla defesa e do contraditório. Sustentaram também que a denúncia da Procuradoria-Geral da República não individualizou as condutas da ré e alegaram suspeição dos ministros do STF.
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