Economia

Alcolumbre e Motta desistem de ir ao STF e esvaziam audiência sobre emendas

A expectativa era de que ambos aproveitassem o palco do STF para reforçar a posição do Congresso

Alcolumbre e Motta desistem de ir ao STF e esvaziam audiência sobre emendas
Alcolumbre e Motta desistem de ir ao STF e esvaziam audiência sobre emendas
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), desistiram, na manhã desta sexta-feira 27, de participar da audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal para discutir a execução das emendas parlamentares. Cada Casa enviou apenas seu representante jurídico.

A expectativa era de que ambos aproveitassem o palco do STF para reforçar a posição do Congresso em meio à crescente judicialização das emendas impositivas. O ministro Flávio Dino, relator de ações que questionam a obrigatoriedade de pagamento dessas emendas, comanda a audiência, que reúne especialistas, representantes de órgãos públicos e sociedade civil.

Nos bastidores, líderes da Câmara e Senado demonstram incômodo com recentes decisões do Supremo, especialmente com despachos de Dino que cobram mais transparência na destinação de recursos das emendas, sobretudo aquelas vinculadas ao Ministério da Saúde. A falta de critérios claros e rastreabilidade no uso dessas verbas tem motivado ações judiciais e pressões por mudanças no modelo.

A ausência de Alcolumbre e Motta foi comunicada quando a audiência já estava em andamento. No cronograma do STF, ambos tinham falas previstas entre o fim da manhã e o início da tarde.

A discussão sobre as emendas parlamentares tornou-se um dos temas mais sensíveis da relação entre os Poderes em 2025. Apesar de um acordo anterior entre Executivo, Legislativo e Judiciário para ampliar a transparência nas indicações de recursos, o clima segue tenso.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo