Justiça

Trama golpista: Como a defesa de Marcelo Câmara tenta convencer Moraes a reverter ordem de prisão

O ex-assessor de Bolsonaro foi preso na última quarta-feira após desrespeitar medidas cautelares

Trama golpista: Como a defesa de Marcelo Câmara tenta convencer Moraes a reverter ordem de prisão
Trama golpista: Como a defesa de Marcelo Câmara tenta convencer Moraes a reverter ordem de prisão
Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor no governo Jair Bolsonaro (PL), questionou, nesta segunda-feira 23, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a sua prisão preventiva. 

Segundo os advogados de Câmara, não procedem as acusações de que ele teria descumprido as restrições impostas pela Justiça. Para a defesa, não existia vedação expressa para estabelecer comunicação com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Câmara foi preso no último dia 18, na cidade de Sobradinho, no Distrito Federal. Segundo Moraes, ele teria tentado interferir no processo, o que justificaria a prisão. 

Para Moraes, o ex-assessor de Bolsonaro tentou acessar “informações então sigilosas do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid”, o que “indica o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu”, em tentativa de “embaraço às investigações”.

A defesa de Câmara, porém, tenta convencer Moraes de que os diálogos com Cid foram encerrados ainda em março de 2024, ou seja, antes da vigência das medidas cautelares impostas pelo ministro. 

“Destaque-se que nas ocasiões que ocorreram os contatos entre o delator e este advogado (repise-se: por iniciativa exclusiva do coimputado Mauro César Barbosa Cid) não havia nenhuma restrição relacionada à incomunicabilidade das partes, de modo que não há falar-se em descumprimento de qualquer medida imposta por esta eminente relatoria por parte do agravante”, diz a defesa. 

Marcelo Câmara é réu no processo que apura a tentativa de golpe de Estado depois das eleições presidenciais de 2022.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo