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Começa a votação na Coreia do Sul para eleger o presidente

O candidato de centro-esquerda Lee Jae-myung parte como favorito contra o conservador Kim Moon-soo

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Eleição presidencial na Coreia do Sul, em 3 de junho de 2025. Foto: Pedro Pardo/AFP
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Os sul-coreanos começaram a votar nesta terça-feira 3 para eleger seu novo presidente e pôr fim a seis meses de caos político causados pela tentativa fracassada do ex-chefe de Estado Yoon Suk Yeol de impor a lei marcial.

O candidato de centro-esquerda Lee Jae-myung parte como favorito nesta eleição de turno único, frente ao conservador Kim Moon-soo.

As seções eleitorais abriram às 6h (18h de segunda-feira em Brasília) e fecharão às 20h (8h de terça-feira), quando serão divulgadas as primeiras pesquisas de boca de urna.

A quarta maior economia da Ásia atravessa um período de instabilidade política desde o início de dezembro, quando o conservador Yoon declarou por algumas horas a lei marcial e enviou o Exército à Assembleia Nacional, dominada pela oposição.

Desde esse episódio, houve vários presidentes interinos. Yoon foi suspenso, acusado de insurreição, preso após semanas de resistência e, finalmente, destituído pelo Tribunal Constitucional.

As pesquisas apontam como favorito o líder da oposição, Lee Jae-myung. O ex-advogado de 61 anos e líder do Partido Democrata de centro-esquerda teria 49% dos votos, segundo uma pesquisa recente do instituto Gallup.

Atrás dele, com 35% das intenções de voto, aparece o ex-ministro do Trabalho Kim Moon-soo, do Partido do Poder Popular, ao qual pertencia Yoon.

O país de 52 milhões de habitantes, que passou a um regime democrático em 1987, ficou fortemente polarizado pela crise política da lei marcial, que, segundo analistas, será determinante no voto.

O futuro presidente enfrentará uma crise econômica crescente, uma das menores taxas de natalidade do mundo e o aumento do custo de vida.

Também terá de lidar com a ameaça de uma Coreia do Norte imprevisível, com arsenal nuclear, e com a disputa entre os Estados Unidos, garantidor de sua segurança, e a China, seu principal parceiro comercial.

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