Justiça

Dino determina o bloqueio de 1,2 mil emendas por falta de regularização

O ministro apontou que as contas não possuíam os critério de rastreabilidade dos recursos

Dino determina o bloqueio de 1,2 mil emendas por falta de regularização
Dino determina o bloqueio de 1,2 mil emendas por falta de regularização
O ministro Flávio Dino. Foto: Fellipe Sampaio /STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quarta-feira 30 bloquear 1.283 emendas parlamentares destinadas à área da saúde por falta de regularização.

No despacho, Dino justificou que a Advocacia-Geral da União apontou que essas contas não foram regularizadas de forma a atender a critérios que permitam a rastreabilidade dos recursos.

“Em razão da ausência da abertura e/ou regularização de contas específicas, individualizadas por emenda, não resta alternativa a não ser o bloqueio das emendas parlamentares da saúde relativas às 1283 contas não regularizadas”, diz o documento.

O desbloqueio está condicionado ao pedido específico do Ministério da Saúde, atestando a regularização das contas. Dino apontou ainda que chegou a flexibilizar o prazo para a abertura das contas.

“A flexibilidade quanto aos prazos demonstra ponderação na condução dos presentes autos, mas é certo que não é possível aguardar indefinidamente pelo cumprimento dos deveres constitucionais por parte dos gestores públicos”, pontuou.

Dino é relator no STF de uma ação movida pelo PSOL contra a falta de transparência nas emendas. Desde o ano passado, ele expediu ordens para barrar o envio das verbas a obras sem critérios técnicos e cobrou do Legislativo a aplicação de diretrizes que permitam fiscalizar a execução do dinheiro.

Em fevereiro, o Supremo homologou o acordo do governo federal com o Congresso Nacional para liberar as emendas parlamentares, desde que elas sigam regras de transparência.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo