Justiça

Moraes cobra advogados de Collor por não comprovarem Parkinson

O ministro do STF aguarda as informações antes de decidir sobre um pedido de prisão domiciliar humanitária

Moraes cobra advogados de Collor por não comprovarem Parkinson
Moraes cobra advogados de Collor por não comprovarem Parkinson
O ex-presidente Fernando Collor de Mello. Foto: Pedro França/Agência Senado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes fixou, nesta terça-feira 29, o prazo de 48 horas para a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresentar mais documentos médicos, antes de decidir sobre um pedido de prisão domiciliar humanitária.

Na segunda-feira 28, Moraes já havia ordenado o envio da documentação. Em um novo despacho, porém, o ministro indica considerar insuficientes as informações apresentadas. Agora, os advogados têm dois dias para juntar aos autos a íntegra dos exames realizados, inclusive os de imagem, além de esclarecer “a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a doença de Parkinson”.

Os advogados sustentam que seu cliente tem idade avançada — 75 anos — e comorbidades graves — Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Após a junção dos documentos, Moraes avaliará a possibilidade de um depoimento de Rogério Tuma, médico do ex-presidente.

Fernando Collor está preso desde a última sexta-feira 25, na ala especial do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). O Supremo o condenou a uma pena de oito anos e dez meses por concluir que o ex-senador, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, embolsou 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia.

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