Justiça

STF julga recursos de ex-executivos da Odebrecht contra perda imediata de bens na Lava Jato

A votação começou no plenário virtual, mas o ministro Dias Toffoli forçou a análise em sessões presenciais

STF julga recursos de ex-executivos da Odebrecht contra perda imediata de bens na Lava Jato
STF julga recursos de ex-executivos da Odebrecht contra perda imediata de bens na Lava Jato
STF. Fachin defende o uso de câmeras corporais e veta disparos feitos de helicópteros – Imagem: Arquivo/STF
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal reiniciará nesta quarta-feira 9 o julgamento de seis recursos de ex-executivos do Grupo Odebrecht que discutem o momento em que se aplica a perda de bens e valores durante investigações da Lava Jato.

Os recursos contestam decisões do ministro Edson Fachin que determinavam a perda imediata dos bens — as ordens atingiam depósitos em contas no exterior, imóveis e obras de arte, por exemplo.

Segundo as defesas, isso só poderia ocorrer após eventual condenação criminal e o fim de todos os recursos cabíveis.

A pena de “perdimento de bens” consta dos acordos de delação premiada firmados pelos executivos da empreiteira. Ela está prevista na Lei da Lavagem de Dinheiro, que estabelece a perda, em favor da União ou dos estados, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática de crimes.

O julgamento dos recursos começou no plenário virtual, mas o ministro Dias Toffoli pediu destaque, forçando a análise em sessões presenciais. Todos os votos já proferidos foram anulados.

Na análise original, acompanharam Fachin os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O decano do STF, Gilmar Mendes, abriu uma divergência e foi seguido por Toffoli — eles defenderam impedir o cumprimento antecipado da pena de perdimento de bens antes do trânsito em julgado da condenação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo