Bem-Estar

8 sinais de alerta para a cegueira

A cegueira pode surgir de forma silenciosa, sem sintomas evidentes, e comprometer a visão de forma irreversível. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados ou tratados. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística […]

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A cegueira pode surgir de forma silenciosa, sem sintomas evidentes, e comprometer a visão de forma irreversível. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados ou tratados. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência ocular.

Causas da cegueira

Entre as principais causas de cegueira, estão a catarata e o glaucoma. A catarata, responsável por 47% dos casos de cegueira reversível no mundo, é caracterizada pela perda de transparência do cristalino e pode ser tratada cirurgicamente. O glaucoma, que afeta cerca de 80 milhões de pessoas, se trata de uma doença silenciosa que aumenta a pressão intraocular e pode levar à perda definitiva da visão se não for tratada.

Alfonso Nomura, oftalmologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul, da Rede D’Or, ressalta que pessoas com comorbidades devem redobrar a atenção com a saúde ocular. “O diabetes, por exemplo, pode levar à retinopatia diabética. Já os hipertensos têm maior risco de desenvolver retinopatia hipertensiva, que também compromete a visão. Problemas na tireoide podem causar olhos secos, irritados e embaçados, enquanto a artrite reumatoide, uma doença autoimune, está associada à uveíte, uma inflamação séria”, alerta.

Homem idoso sentado e com a cabeça apoiada em aparelho enquanto oftalmologista examina o olho dele
Pessoas com comorbidades devem ter atenção redobrada com a saúde ocular (Imagem: Inside Creative House | Shutterstock)

Sinais de alerta

Alfonso Nomura destaca, abaixo, oito sinais de alerta para buscar avaliação médica:

  1. Visão turva;
  2. Dor e pressão nos olhos;
  3. Flashes de luz;
  4. Sombras;
  5. Manchas escuras;
  6. Dificuldade para enxergar no escuro;
  7. Fotofobia (sensibilidade à luz);
  8. Dores de cabeça.

“Se qualquer incômodo persistir por mais de três dias, é essencial procurar um oftalmologista”, alerta o médico.

Prevenindo doenças oculares

A prevenção começa cedo, com o teste do olhinho ainda na maternidade. Avaliações periódicas devem continuar na infância e ao longo da vida adulta, com reforço a partir dos 40 anos, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças oculares.

Conforme o médico, a principal dificuldade para evitar a cegueira é que algumas doenças oculares não apresentam sintomas no início. “O glaucoma, por exemplo, evolui de forma lenta e, quando identificado, pode já ter causado danos irreversíveis ao nervo óptico. A retinopatia diabética também é silenciosa. Por isso, exames oftalmológicos regulares são fundamentais”, explica.

Por isso, é importante visitar o médico. “O cuidado com a visão vai além de enxergar bem: é sobre qualidade de vida. A prevenção é o melhor caminho para evitar a cegueira”, finaliza Alfonso Nomura.

Por Samara Meni

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