Justiça

STF julga se Google deve fornecer dados de quem pesquisou sobre Marielle antes de seu assassinato

O tema é de repercussão geral, ou seja, o entendimento será aplicado para casos semelhantes na Justiça

STF julga se Google deve fornecer dados de quem pesquisou sobre Marielle antes de seu assassinato
STF julga se Google deve fornecer dados de quem pesquisou sobre Marielle antes de seu assassinato
Marielle Franco. Foto: Dayane Pires/CMRJ
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O Supremo Tribunal Federal volta a julgar, nesta quinta-feira 3, se o Google deve fornecer a lista de usuários que pesquisaram combinações de palavras relacionadas à vereadora Marielle Franco, ao longo da semana que antecedeu seu assassinato, em março de 2018.

O julgamento começou em 2023, de forma virtual, mas foi interrompido após um pedido de vista feito pelo ministro André Mendonça.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF à época, votou contra o acesso do Ministério Público do Rio de Janeiro às pesquisas na internet sobre Marielle. A magistrada ainda sugeriu a criação de uma tese para limitar o que é compartilhado de dados em investigações criminais. Apesar de aposentada, o voto dela segue válido.

O ministro Alexandre de Moraes divergiu da ministra e se colocou a favor do pedido do MP-RJ, sugerindo que a tese formada pelo Supremo permita o compartilhamento de dados se houver suspeita fundamentada. Já o ministro Cristiano Zanin acompanhou Moraes, mas sugeriu mudanças na tese.

O caso é de repercussão geral, ou seja, o entendimento será aplicado para casos semelhantes na Justiça e definirá os limites para a quebra do sigilo de histórico de buscas de usuários de plataformas em investigações criminais.

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