Justiça

Moraes manda prender Léo Índio, réu por envolvimento no 8 de Janeiro

A decisão acolhe a recomendação do procurador-geral da República, Paulo Gonet

Moraes manda prender Léo Índio, réu por envolvimento no 8 de Janeiro
Moraes manda prender Léo Índio, réu por envolvimento no 8 de Janeiro
O sobrinho de Jair Bolsonaro Leo Índio. Foto: Reprodução/Instagram
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou, nesta quarta-feira 2, a prisão de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, réu por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Léo Índio revelou, em uma entrevista, ter fugido para a Argentina. Na última sexta-feira, os advogados enviaram ao STF um documento das autoridades migratórias segundo o qual seu cliente teria permisão para permanecer pelo menos até junho em território argentino.

Na terça-feira 1º, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a prisão preventiva do réu. “Ao se evadir para a Argentina, Leonardo Rodrigues de Jesus deliberadamente descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e o desrespeito às decisões emanadas pelo STF.”

A manifestação diz ainda que a prisão preventiva é necessária para garantir a aplicação da lei penal, conforme prevê o artigo 312 do Código de Processo Penal. Em 2023, Moraes mandou cancelar todos os passaportes emitidos em nome do bolsonarista, além de proibir a emissão de novos documentos de viagem.

A PGR acusa Léo Índio de cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia aponta que ele “registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes”.

Além disso, sustenta que o bolsonarista “esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares”.

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