Justiça

MPF aciona Justiça para impedir mineração em cartão postal de MG sem autorização do Ibama

A exploração da Serra do Curral é classificada como operação de risco ambiental

MPF aciona Justiça para impedir mineração em cartão postal de MG sem autorização do Ibama
MPF aciona Justiça para impedir mineração em cartão postal de MG sem autorização do Ibama
Serra do Curral. Foto: Câmara Municipal de Belo Horizonte
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O Ministério Público Federal (MPF) acionou o judiciário para impedir a exploração de uma área na Serra do Curral, cartão postal da região de Belo Horizonte, pela empresa Taquaril Mineração SA (Tamisa), sem autorização prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A movimentação do Ministério Público é resposta a posicionamento do Ibama, que afirma que há necessidade de anuência para qualquer atividade minerária que envolva retirada de vegetação da Mata Atlântica – é o caso da Serra do Curral.

O MPF afirma que há necessidade de controle ambiental rigoroso para evitar danos irreversíveis, garantindo a proteção de área relevante em um dos biomas mais ameaçados do país.

O tema já teve algumas idas e vindas. Em 2021, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Ibama dispensou a necessidade de autorização. No ano seguinte, ainda com o capitão reformado no Planalto, um parecer técnico do Ibama identificou falhas em estudos ambientais feitos pela mineradora.

Em 2024, já com Lula (PT) na presidência, o Ibama reavaliou o caso após ação do Ministério Público e passou a exigir a autorização prévia para exploração minerária da área.

Procurada, a Tamisa informou que o MPF já tinha feito pedido semelhante em 2022, que foi negado e que de lá para cá não houve fato novo sobre o caso.

A exploração minerária da região é realizada também por outras empresas. Em 2023, a Justiça atendeu a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e suspendeu operações da Fleurs Global Mineração.

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