Justiça

PGR defende prisão domiciliar para cabeleireira que pichou estátua no STF

Débora Rodrigues dos Santos aguarda julgamento na Primeira Turma da Corte

PGR defende prisão domiciliar para cabeleireira que pichou estátua no STF
PGR defende prisão domiciliar para cabeleireira que pichou estátua no STF
Foto: Joedson Alvez/Agência Brasil
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta sexta-feira 28 que o Supremo Tribunal Federal conceda prisão domiciliar à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, ré por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. A mulher ficou conhecida por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua A Justiça, em frente à sede da Corte.

Gonet afirmou não haver motivos para conceder liberdade a Débora, mas recomendou a prisão domiciliar em razão de ela ter dois filhos menores de idade e porque a Polícia Federal já concluiu as investigações sobre o caso. A palavra final virá do ministro Alexandre de Moraes.

“Não obstante a permanência dos elementos autorizadores da custódia cautelar, o encerramento da instrução processual e a suspensão do julgamento do feito, com imprevisão quanto à prolação de acórdão definitivo […], recomendam a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar”, escreveu o procurador.

A cabeleireira está presa preventivamente desde março de 2023. Débora é ré no STF não apenas por ter pichado a estátua, mas também por suposta adesão ao movimento golpista desde o fim das eleições de 2022. A PGR apontou sua participação em acampamentos golpistas e sustentou que ela buscou apagar provas e obstruir o trabalho de investigação.

Na última sexta-feira 21, a Primeira Turma do STF começou a julgar o processo de Débora. Moraes, relator da ação, votou por condená-la a 14 anos de prisão e foi acompanhado por Flávio Dino. O ministro Luiz Fux, porém, pediu vista e anunciou dias depois que sugerirá uma revisão do caso.

Em carta enviada a Moraes em outubro do ano passado, a acusada afirmou ter ido à capital federal acreditando que participaria de uma manifestação “pacífica” e porque “queria maiores explicações sobre o resultado das eleições” de 2022. Ela também disse que não invadiu qualquer prédio, pediu perdão pelo episódio e prometeu que nunca mais o repetirá.

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