Justiça
STF marca o julgamento da denúncia contra o ‘núcleo 2’ da trama golpista; veja os alvos
A denúncia atinge Silvinei Vasques, Filipe Martins e outras figuras do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal julgará entre 29 e 30 de abril a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o chamado “núcleo dois” da tentativa de golpe de Estado em 2022.
Esse grupo é formado por ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por antigos integrantes da Polícia Rodoviária Federal. Eles são acusados de estar à frente das ações que buscavam impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor da eleição de 2022, assumisse a Presidência.
Integram o “núcleo 2”:
- Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF);
- Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República);
- Mário Fernandes (general da reserva e ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência);
- Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro);
- Marília Ferreira de Alencar (ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, quando a pasta era chefiada por Anderson Torres);
- Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo de Segurança Pública do Distrito Federal).
O julgamento da denúncia, agendado pelo presidente da turma, ministro Cristiano Zanin, começará em 29 de abril, às 14h. Um dia depois, a sessão será às 9h30.
Antes disso, na semana que vem, a Primeira Turma julgará a denúncia da PGR contra o “núcleo um” da empreitada golpista.
Entre 25 e 26 de março, os magistrados se debruçarão sobre a acusação contra Bolsonaro e outras sete pessoas: Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF), general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
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