Justiça

Justiça eleitoral nega recurso e mantém multa a Marçal por acusações de violência doméstica contra Nunes

O ex-coach foi condenado por propaganda irregular na campanha eleitoral à prefeitura de São Paulo em 2024

Justiça eleitoral nega recurso e mantém multa a Marçal por acusações de violência doméstica contra Nunes
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Foto: Renato Pizzutto/Band
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O plenário do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, por unanimidade, negar um pedido de recurso de Pablo Marçal (PRTB) e manter condenação ao ex-coach por propaganda irregular durante a campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo em 2024. Ele terá de pagar multa de 15 mil reais, mas ainda cabe novo recurso.

Em outubro, a juíza Claudia Barrichello acatou pedido da defesa do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que processou Marçal após acusações de que Nunes, então candidato à reeleição, teria cometido violência doméstica. As acusações, em vídeo, foram publicadas nas redes sociais do então candidato do PRTB.

“Ricardo Nunes, por que a sua esposa registrou o boletim de ocorrência? Seja homem e assuma: por que ela foi lá fazer isso?”, dizia Marçal no vídeo. O ‘boletim de ocorrência’ citado faz referência a um episódio de 2011, quando Regina Carnovale, esposa de Nunes, acionou uma delegacia. O atual prefeito foi acusado de violência doméstica, ameaça e injúria.

O tema ganhou espaço na campanha eleitoral de 2024. Nunes chegou a negar que o boletim de ocorrência tivesse sido registrado, mas depois mudou o tom e reconheceu que ele e a esposa tiveram  um “desentendimento”, mas negou que tenha havido agressão física.

No julgamento do recurso interposto pela defesa de Marçal, todos os sete integrantes do plenário do TRE-SP concordaram com a decisão da primeira instância e mantiveram a condenação.

A propaganda eleitoral “reflete a necessidade de harmonização da liberdade de manifestação com a responsabilização por sua utilização abusiva, direitos e garantias fundamentais previstos no art. 5°, incisos IV e V, da Constituição Federal”, escreveu o relator do caso, juiz Rogério Cury.

O PRTB, de Marçal, foi procurado para comentar a nova derrota judicial, mas não retornou.

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