Justiça
Lewandowski assina acordo de cooperação entre PF e União Europeia
O arranjo prevê a realização de investigações conjuntas de crimes como tráfico de drogas, delitos ambientais, tráfico de pessoas e abuso sexual infantil


O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou nesta quarta-feira 5, em Bruxelas, um acordo de cooperação entre a Polícia Federal e a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial, Europol. Magnus Brunner, comissário europeu para Assuntos Internos e Migração, participou do ato como representante da UE.
O arranjo estabelece as bases para a realização de investigações conjuntas de crimes como tráfico de drogas, delitos ambientais, tráfico de pessoas e abuso sexual infantil. A parceria prevê a troca de dados pessoais e não pessoais, o intercâmbio de oficiais de ligação e a criação de um canal de comunicação entre as autoridades brasileiras e europeias.
O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, também esteve na agenda. A corporação atuará como autoridade competente e ponto de contato nacional para a cooperação com a Europol. O acordo, afirmou a PF em nota, amplia as possibilidades de colaboração, superando limitações de acordos anteriores.
A corporação também considerou que o instrumento garantirá “a proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais, com ênfase no direito à privacidade e à proteção de dados pessoais”. Com a assinatura deste arranjo, o Brasil se torna o terceiro país, depois do Reino Unido e da Nova Zelândia, a estabelecer este nível de parceria com a UE.
“Se o crime se tornou transnacional e organizado, para combatê-lo com sucesso, precisamos de uma resposta internacional e unida. É isso que esse acordo proporcionará: um marco legal para a cooperação entre nossas agências de segurança”, celebrou Lewandowski.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Itaipu fecha acordo judicial e destinará R$ 240 milhões para comprar terras a indígenas
Por Wendal Carmo
Cinco anos depois, apoio de britânicos ao Brexit despenca e governo quer ‘mais cooperação’ com UE
Por RFI