Esporte

Senado prorroga CPI das Apostas Esportivas por mais 45 dias

O relatório da Comissão já foi apresentado, mas ainda não foi votado pelos senadores

Senado prorroga CPI das Apostas Esportivas por mais 45 dias
Senado prorroga CPI das Apostas Esportivas por mais 45 dias
Os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Romário (PL-RJ) conduzem sessão da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prorrogou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a manipulação de jogos e os esquemas de apostas esportivas por mais 45 dias. A previsão era de que a comissão funcionasse até o dia 15 de fevereiro. Agora o prazo final foi estendido para 1º de abril.

A prorrogação, oficializada no sábado 15, atendeu ao pedido feito pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI.

Na solicitação, Kajuru explica que a prorrogação foi necessária devido à falta de quórum mínimo de seis senadores para as reuniões que estavam previstas para terça-feira e quarta-feira da semana passada. O relatório final da comissão, que está sob a responsabilidade do senador Romário (PL-RJ), deveria ter sido votado nessas reuniões.

Instalada em abril de 2024, a CPI tem o objetivo de investigar denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, com o possível envolvimento de jogadores, dirigentes e empresas de apostas.

Indiciamentos

O relatório final, que já foi protocolado na CPI, pede o indiciamento de três pessoas: os empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade e do tio do jogador Lucas Paquetá, Bruno Tolentino.

O senador Romário, autor do relatório, também fez uma série de recomendações para limitar a atuação de criminosos no mercado de bets. Há, por exemplo, a indicação para que o Brasil proíba o modelo de apostas em eventos da partida que dependam de apenas um jogador, como falta ou cartões.

Se aprovado pelo conjunto da Comissão, o texto será encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Judiciário, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a órgãos do Executivo, como os ministérios da Fazenda e do Esporte, para que as entidades envolvidas com o esporte e com os jogos online adotem medidas contra a prática da manipulação de resultados.

(Com informações de Agência Senado e Agência Brasil)

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