Justiça

Policial que matou petista no Paraná vai a júri popular na semana que vem

TJ do Paraná reservou três dias para o julgamento de Jorge Guaranho. Movimentos sociais devem se mobilizar para defender a condenação

Policial que matou petista no Paraná vai a júri popular na semana que vem
Policial que matou petista no Paraná vai a júri popular na semana que vem
Marcelo Arruda (à esquerda) foi assassinado por bolsonarista em 2022. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Jorge Guaranho, ex-policial penal que matou o dirigente petista e guarda municipal Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) em julho de 2022, irá a júri popular em 11 de fevereiro. A Justiça do Paraná reservou três dias para o julgamento do bolsonarista, que responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio que resultou em perigo comum.

Movimentos sociais devem protestar por justiça em frente ao tribunal, segundo Marcio Kieller, presidente da CUT Paraná. “Pediremos por Justiça. É evidente que, sim, pelo Marcelo Arruda. Contudo, é uma vida que não volta mais e a punição, neste caso, é para que a violência política seja banida do País.”

Tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em um clube quando foi assassinado pelo policial. A festa de aniversário tinha como tema o presidente Lula (PT), então candidato ao Palácio do Planalto contra Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição.

Guaranho passou em frente ao salão onde ocorria a festa, gritando “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Houve uma discussão entre os dois. Depois, o ex-policial voltou ao local e atirou contra Arruda.

A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O guarda municipal deixou quatro filhos — um deles era um bebê de pouco mais de 40 dias. Em setembro do ano passado, o Tribunal de Justiça paranaense concedeu prisão domiciliar a Guaranho mediante monitoramento com tornozeleira eletrônica.

O local onde ele estava detido, informou o TJ, não tinha condições de oferecer a assistência necessária, o que justificaria a domiciliar. À época, a família de Arruda contestou a decisão por considerar que o ex-policial penal não “tem condições de conviver em sociedade”.

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