Política
Senado e Câmara definem datas das eleições dos novos presidentes
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos


A Câmara dos Deputados e o Senado Federal definiram que a eleição das Meses Diretoras vai acontecer no dia 1º de fevereiro, um sábado. A reunião, fora de um dia útil, é considerada incomum e é motivada pelo impasse no debate do Orçamento e nas emendas parlamentares.
O favorito para ficar no lugar de Arthur Lira (PP-AL), é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que é apoiado pelo próprio presidente da Casa e por pelo menos 487 dos 513 deputados. A expectativa é que ele quebre o recorde do próprio Lira com uma ‘supermaioria’.
Já no Senado, o favorito para ocupar o lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é um antigo conhecido na liderança da Casa Alta, o senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Ele já ocupou o cargo entre 2019 e 2021 e no mandato de Pacheco ficou com a presidência da comissão mais importante, a de Constituição e Justiça. Ele já conta com o aval do MDB, PT, PSD, PDT, PSB, PP e PL.
Além do presidente do Senado, que também preside o Congresso Nacional, compõem a Mesa dois vice-presidentes e quatro secretários, que exercem atribuições previstas na Constituição e no Regimento Interno da Casa.
Na segunda-feira, 3 de fevereiro, já sob a direção da nova Mesa, serão abertos os trabalhos legislativos do Congresso Nacional. A sessão solene que abre o ano legislativo é feita com a participação de representantes dos Três Poderes.
Além das mensagens dos presidentes da Câmara e do Senado, também serão lidas uma mensagem do Executivo (pelo presidente da República ou por um representante) e uma do presidente do Supremo Tribunal Federal, representando o Judiciário.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

CCJ da Câmara vira reduto bolsonarista sob De Toni, que mira o Senado em 2026
Por Wendal Carmo
Câmara e Senado aprovam integrantes da comissão representativa que atuará no recesso; veja os nomes
Por CartaCapital