Política

Senado se prepara para votar projeto de regulamentação de Inteligência Artificial

Após um ano parado, texto será debatido em comissão especial e deverá ir ao plenário nesta semana

Senado se prepara para votar projeto de regulamentação de Inteligência Artificial
Senado se prepara para votar projeto de regulamentação de Inteligência Artificial
Após um ano, projeto de Rodrigo Pacheco para regulamentar a IA no Brasil volta a tramitar no Senado. Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal
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O Senado deverá votar, nesta semana, um projeto de lei que pretende regulamentar o uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. 

O texto deveria ter sido votado ainda em dezembro do ano passado, quando a Casa criou uma comissão especial para analisar o tema. Entretanto, a falta de acordo entre os senadores, a atuação das big techs e a realização das eleições municipais neste ano adiaram a retomada da votação.

A análise pela comissão deve, finalmente, acontecer. A sessão está marcada para esta terça-feira 3. De relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO), o texto, se aprovado, poderá ser votado no plenário do Senado na próxima quinta-feira 5, conforme projetou o presidente da Casa e autor do projeto, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Principais pontos

Gomes apresentou uma nova versão do relatório divulgado na semana passada, trocando pontos importantes que geravam insatisfações da bancada conservadora e de atores do setor tecnológico.

Críticos ao projeto original de Pacheco argumentam, por exemplo, que certas regulações poderiam aumentar o custo da cadeia econômica de IA. Por conta disso, o relator resolveu propor uma regulação mais enxuta, focando em pontos que têm maior impacto na própria vida humana.

Assim, o foco das medidas de governança acabou ficando para as tecnologias consideradas de “alto risco”. Além disso, o novo texto passou a fazer uma diferenciação entre startups e micro e pequenas empresas. 

Outro ponto importante diz respeito à liberdade de expressão. Gomes garante que os produtores de IA terão o direito de exercê-la, embora o texto evite dar detalhes sobre qual seria a responsabilização das plataformas por conteúdos criados por IA.

Leia a íntegra:

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