Justiça

MP alega falta de provas e defende fim de investigação contra Gusttavo Lima por bets

Cantor foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Civil no final de setembro

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Cantor Gusttavo Lima - Reprodução/Instagram
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Promotores do Ministério Público de Pernambuco defenderam o arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima por suposta lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais. O parecer aportou no gabinete da juíza Andréa Calado da Cruz nesta segunda-feira, poucos dias após a magistrada cobrar uma posição do órgão sobre o caso.

O documento também propõe o fim das apurações que miram José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, donos da empresa Vai de Bet. Em manifestação anterior, os representantes do MP pediram que o inquérito contra o casal fosse remetido ao Tribunal de Justiça da Paraíba, onde a dupla reside.

Por outro lado, sustenta que as diligências devem continuar para apurar os indícios de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho. Um dos principais suspeitos dessa prática é Darwin Henrique da Silva Filho, dono da empresa Esportes da Sorte.

O arquivamento parcial das investigações decorre da “inexistência de elementos que demonstrem que os valores das operações suspeitas indicadas são provenientes de infração penal”, segundo os promotores. Cabe à juíza do caso decidir se segue a manifestação do MP ou não. A defesa dos investigados ainda não comentou o assunto.

Diz o parecer: “A realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima (nome de batismo do cantor)”.

Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Civil no final de setembro. Os investigadores afirmaram que o artista comercializou um avião para a empresa de Darwin, posteriormente devolvido sob a justificativa de um defeito na turbina. No fim, essa mesma aeronave foi vendida aos donos da Vai de Bet.

O cantor teve sua prisão decretada no âmbito da Operação Integration, mas a determinação foi derrubada dias depois. A influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, também são investigadas neste caso por envolvimento com apostas ilegais.

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