Política
Comissão do Senado debaterá impactos da extrema-direita no Brasil, Chile e Argentina
Debate será feito em uma audiência pública programada para a tarde da próxima quarta-feira 27


A Comissão de Defesa da Democracia (CDD), do Senado Federal, realizará na quarta-feira (27), a partir das 14h, uma audiência pública para discutir os impactos políticos do apoio e da rejeição à extrema-direita no Brasil, no Chile e na Argentina. A iniciativa foi solicitada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), presidente da comissão.
O encontro é inspirado pelo relatório “Apoio e Rejeição à Ultradireita”, produzido por cientistas políticos do Brasil e do Chile, e tem como objetivo analisar os desdobramentos políticos relacionados ao crescimento ou à rejeição de movimentos de extrema-direita nos três países sul-americanos.
Segundo Eliziane, o debate pretende examinar as características desses movimentos e suas implicações nos países estudados. Ela ressalta que a audiência também promoverá o intercâmbio de práticas e políticas que reforcem a proteção dos direitos humanos e das instituições democráticas na região.
Convidados
A senadora convidou para a audiência dois dos coautores do relatório “Apoio e Rejeição à Ultradireita”: Talita Tanscheit, do Brasil, Cristóbal Rovira Kaltwasser, do Chile. A participação deles ainda não está confirmada. Também estão convidados Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, e Jan Souverein, representante da Fundação Friedrich Ebert (associada ao Partido Social-Democrata da Alemanha) no Brasil.
Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão por articulação pró-golpe e ver inelegibilidade se prolongar
Por Wendal Carmo
PGR, denúncia e STF: os próximos passos após Bolsonaro ser indiciado por ‘trama golpista’
Por CartaCapital
Boulos pede ‘leitura humilde’ após derrota e diz que Lula é quem pode livrar o País da extrema-direita
Por CartaCapital
Primeira vereadora do PSOL em Curitiba promete ser ‘pedra no sapato’ da extrema-direita
Por Getulio Xavier