Justiça

Complô fracassado para matar Lula, Alckmin e Moraes envolveu carro oficial do Exército, diz a PF

Um Fiat Palio do Batalhão de Ações de Comandos foi usado em plano que, segundo a PF, visava a prisão ou execução de Moraes

Complô fracassado para matar Lula, Alckmin e Moraes envolveu carro oficial do Exército, diz a PF
Complô fracassado para matar Lula, Alckmin e Moraes envolveu carro oficial do Exército, diz a PF
Plano envolvia a 'eliminação' da chapa Lula/Alckmin e a saída de Moraes, visando implementar um golpe de Estado no país. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Os militares envolvidos na trama golpista para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, utilizaram carro oficial do Exército nas tentativas de materializar o plano.

Um Fiat Palio, pertencente ao Batalhão de Ações de Comandos, força de elite do Exército, foi utilizado em um trajeto entre Brasília e Goiânia no dia 15 de dezembro de 2022, data em que, segundo a Polícia Federal, “possivelmente, seria realizada a prisão/execução” do ministro Alexandre de Moraes.

As investigações identificaram o uso do automóvel por meio de câmeras de monitoramento de trânsito, que registraram imagens do veículo JGC-0271, onde, segundo a Polícia Federal, foi possível visualizar pelo menos duas pessoas.

O evento estava sendo denominado como “Copa de 2022” pelos militares. O plano tinha o objetivo de dar sequência à estratégia de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota na eleição daquele ano.

O relatório afirma que a investigação encontrou “indícios de que o aparato público-militar foi utilizado na empreitada criminosa”. A emboscada ao ministro do STF só não se concretizou, segundo a PF, porque a Corte adiou a sessão de julgamento sobre o orçamento secreto. Nas mensagens interceptadas, os suspeitos não detalham o motivo do recuo.

Os quatro militares presos nesta terça – o general Mário Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira – são ligados aos ‘kids pretos’, como são conhecidos os integrantes das forças especiais do Exército. Outro alvo da operação foi o policial federal Wladimir Matos Soares.

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