Justiça
Assembleia-Geral da Interpol confirma nomeação de delegado brasileiro como chefe da organização
Valdecy Urquiza, da Polícia Federal brasileira, tinha sido eleito para o cargo em junho; formalização aconteceu nesta terça


A Assembleia-Geral da Interpol confirmou, nesta terça-feira 5, a nomeação do delegado brasileiro Valdecy Urquiza, da Polícia Federal, como novo Secretário-Geral, o principal cargo da entidade. Assim, Urquiza se tornará oficialmente o primeiro brasileiro e o primeiro representante dos países em desenvolvimento a ocupar o cargo.
O brasileiro tinha sido escolhido em junho, quando o Comitê Executivo da Interpol se reuniu em Lyon (na França). A formalização, nesta terça, aconteceu em Glasgow (Reino Unido), que sedia a Assembleia-Geral.
Urquiza assumirá o cargo na quinta-feira 7, substituindo o atual Secretário-Geral, o alemão Jürgen Stock. O mandato é de cinco anos.
“A ratificação do delegado Urquiza reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional, crescentemente, uma dimensão essencial. Representa, ademais, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento à criminalidade”, escreveu a PF em nota.
A indicação do nome do delegado para a disputa teve colaboração entre a PF, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Quem é Valdecy Urquiza
Natural de São Luís (MA), Valdecy Urquiza tem 43 anos. Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza, passou pela Academia Nacional do FBI, equivalente à PF nos Estados Unidos.
Foi Chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da PF e Diretor-Assistente na Diretoria de Crimes Organizados e Emergentes na sede da Interpol, na França.
Chefiou, ainda, o Escritório Central da Interpol no Brasil, a Divisão de Cooperação Policial Internacional, a Divisão de Relações Internacionais e a Diretoria de Tecnologia da Informação da PF.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Justiça argentina formaliza pedido de prisão de Maduro junto à Interpol
Por AFP
Delegado da PF será o 1º brasileiro a comandar a Interpol
Por CartaCapital
PF conclui relatório de investigação contra homens que ameaçaram filha de Alexandre de Moraes
Por CartaCapital
CGU, PF e Receita Federal investigam desvios de R$ 75,8 milhões em obras de rodovias no Paraná
Por CartaCapital