Justiça

Polícia do Rio faz operação contra grupo que lucrou R$ 1 bilhão em esquema de pirâmide

De acordo com as investigações, essa seria a maior pirâmide financeira já identificada no estado

Polícia do Rio faz operação contra grupo que lucrou R$ 1 bilhão em esquema de pirâmide
Polícia do Rio faz operação contra grupo que lucrou R$ 1 bilhão em esquema de pirâmide
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira 31, uma operação para desmantelar um grupo especializado em aplicar golpes por meio de empréstimos consignados, em um esquema de pirâmide que, segundo investigações, é o maior já identificado nos últimos nove anos.

A quadrilha teria movimentado mais de 1 bilhão de reais desde 2015, operando por meio de 15 empresas fraudulentas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A operação desta quinta incluiu 12 mandados de busca e apreensão contra quatro membros principais do grupo. Eles figuravam como administradores das empresas falsas. Além desses, outras 39 pessoas foram denunciadas sob acusações de estelionato e organização criminosa.

A ação da pirâmide era realizada de duas formas: na primeira, os golpistas induziam a vítima a contrair um empréstimo em um banco específico, com a promessa de devolver 10% do valor, enquanto o restante era transferido para uma das empresas envolvidas. A quadrilha assumia o compromisso de quitar o empréstimo, mas realizava apenas três ou quatro pagamentos, depois, interrompia o negócio.

Já na segunda modalidade, o grupo abordava pessoas com empréstimos ativos, oferecendo uma redução nas parcelas por meio de refinanciamento ou portabilidade. Mas, na verdade, coletavam dados pessoais para fazer um novo empréstimo, e, após o crédito ser depositado em conta, solicitavam que a vítima devolvesse o valor excedente à empresa, configurando um golpe.

As vítimas, em geral, eram militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos. Em alguns casos, os criminosos chegaram a ameaçar essas pessoas para impedir que denunciassem o esquema.

A Justiça ainda determinou o bloqueio de 1,4 bilhão de reais das contas dos acusados, além do sequestro de bens e suspensão das atividades empresariais das pessoas jurídicas envolvidas.

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