Justiça
Polícia procura homem que tentou atear fogo em pessoas em situação de rua no Rio
As vítimas conseguiram fugir, mas uma das pessoas teve a manga da camisa queimada
A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha para identificar e localizar um homem que tentou colocar fogo nos corpos de pessoas em situação de rua na capital fluminense. As imagens das agressões foram registradas por câmeras de segurança.
O caso aconteceu entre a noite do último sábado 12 e a madrugada de domingo 13. Na gravação é possível ver que o homem se aproxima de duas pessoas em situação de rua que estavam deitadas na calçada.
Com um balde, o agressor atira um líquido inflamável nos corpos e nos pertences das vítimas. Uma delas está acompanhada de um cachorro.
Na sequência, o agressor coloca fogo em um pedaço de tecido apoiado em uma haste. As pessoas e o animal fogem, mas a manga da camisa de um dos homens agredidos chega a ficar em chamas.
Depois da fuga, o agressor coloca fogo nos pertences das vítimas.
Horas mais tarde, já na madrugada de domingo, a cena se repete. O agressor retorna e faz o mesmo procedimento, desta vez contra apenas uma das vítimas – o homem que estava com o cachorro.
O vídeo está disponível abaixo. As imagens são fortes:
Agentes policiais estiveram no local das agressões na quinta-feira 17 em busca de mais informações que possam levar à identificação do agressor. Não está descartado o enquadramento como tentativa de homicídio.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania manifestou repúdio e afirmou que “a disseminação do ódio a pessoas vulnerabilizadas deve ser enfrentada por toda a população, incluindo agentes públicos, privados, imprensa, famílias, entre os mais diversos setores sociais”.
O ministério ainda pediu que pessoas que possam ajudar a identificar o agressor entrem em contato pelo Disque 100, canal de atendimento para denúncias de violações de direitos humanos. O contato também pode ser feito por WhatsApp: (61) 99611-0100.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


