Justiça
Justiça concede medida protetiva a Duda Lima, marqueteiro agredido por assessor de Marçal
O cinegrafista ainda está proibido de ter qualquer contato indireto com Lima
O desembargador Mens de Melo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proibiu o cinegrafista Nahuel Medina de aproximar do publicitário Duda Lima após a agressão sofrida pelo marqueiteiro da campanha à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo grupo Flow.
A decisão foi assinada nesta sexta-feira 27. Medina, que é assessor do ex-coach Pablo Marçal, precisa manter distância mínima de 300 metros do publicitário e não poderá frequentar o mesmo ambiente que Lima, ainda que “tenha chegado antes”, segundo o magistrado.
O cinegrafista ainda está proibido de ter qualquer contato indireto com Lima. A entrada dos dois nos locais dos próximos debates com os candidatos à prefeitura de São Paulo deverá ser diferente, ainda de acordo com o despacho. Eles também devem ficar separados por uma distância mínima de 10 metros durante a realização do evento.
Uma lista enviada à TV Record pela equipe de Marçal na tarde desta sexta não citava Medina como um dos assessores que acompanharão o empresário no debate da emissora, neste sábado 28.
“Após o término dos debates, também deverá ser providenciada a saída em separado, devendo constar no ofício o reforço na segurança do local para garantir a separação mínima de ambos”, continuou Mello na decisão.
A solicitação de medida protetiva foi apresentada após o cinegrafista de Marçal desferir um soco contra o publicitário. Inicialmente, o pedido foi negado por uma juíza da 1ª instância, mas a defesa recorreu e obteve a liminar.
Na terça-feira, Duda Lima passou por exames oftamológicos para verificar se a sua visão foi afetada pelo soco do qual foi vítima. A campanha de Nunes informou que ele teve um descolamento de retina e recebeu seis pontos após a agressão. O caso é alvo de investigação no 16º Distrito Policial.
À polícia, o marqueteiro relatou ter sido empurrado pelo assessor de Marçal antes do debate. No estúdio, Lima teria usado as mãos para afastar um celular que Medina usava para filmá-lo. Minutos depois, foi agredido. O assessor de Marçal, por sua vez, alegou legítima defesa.
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