CartaExpressa

CNJ afasta juíza por ataques a Lula na eleição, mas mantém vencimentos

Ana Vignola tentou negociar um Termo de Ajustamento de Conduta, mas a demanda não prosperou

CNJ afasta juíza por ataques a Lula na eleição, mas mantém vencimentos
CNJ afasta juíza por ataques a Lula na eleição, mas mantém vencimentos
Créditos: Divulgação
Apoie Siga-nos no

Por unanimidade, o plenário do Conselho Nacional de Justiça decidiu afastar por 60 dias, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, a juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo Ana Cristina Paz Vignola, em razão de publicações de cunho político-partidário durante as eleições de 2022.

A magistrada foi enquadrada em duas infrações: emitir opinião nas redes sociais que demonstre atuação em atividade político-partidária e compartilhar opiniões que caracterizem discurso discriminatório ou de ódio. Preveleceu o entedimento apresentado pelo conselheiro João Paulo Schoucair, relator do caso.

Durante o julgamento, nesta terça-feira 20, Schoucair leu algumas publicações compartilhadas pela juíza: “Essa gente que gosta de viver de assistencialismo e que vota no PT, quero distância desses preguiçosos”; “Lula é a maior vergonha do Brasil, a primeira é você. Bandido sai da prisão e vai para a Presidência”.

A defesa de Vignola tentou negociar um Termo de Ajustamento de Conduta, para impedir uma punição mais severa, mas a demanda foi negada. Aos conselheiros, a juíza disse que não teve a intenção de agredir qualquer pessoa e alegou que, à época das postagens, passava por um tratamento oncológico.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo