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Principal nome de oposição a Milei, Axel Kicillof visita ministros do governo Lula em Brasília
Governador da província de Buenos Aires deve encontrar os ministros Fernando Haddad, Mauro Vieira e o vice-presidente Geraldo Alckmin
O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, considerado o principal nome de oposição ao governo de Javier Milei, na Argentina, chega nesta terça-feira 13 a Brasília para encontrar ministros do governo Lula (PT).
Já pela manhã, ele deve se encontrar com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin (PSB).
Em seguida, Kicillof terá agenda com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O governador bonaerense desembarca no Brasil após um episódio marcante da relação com a Casa Rosada.
Em junho, a petroleira YPF – a principal petroleira do país – e a empresa Petronas anunciaram que vão instalar uma usina de gás natural liquefeito para exportação marítima na província de Rio Negro.
Com a medida, Bahía Blanca, que fica na província de Buenos Aires, que era o local esperado para o negócio, deixou de receber os investimentos da instalação da usina, que deve girar na casa dos 30 bilhões de reais.
Ao tratar do tema, Milei chegou a dizer que achava “óbvio” que a usina não ficaria em Bahía Blanca. “Vocês vão confiar no comunista?”, disse Milei, afirmando que Buenos Aires “tem o fardo de ter Kicillof” como governador.
Kicillof foi eleito governador de Buenos Aires nas eleições do final do ano passado. Desde então, ele vem considerado o principal de oposição ao governo Milei, apesar do enfraquecimento do peronismo – movimento do qual faz parte -, que viu, nos últimos tempos, Cristina Kirchner sair do poder e o ex-presidente Alberto Fernández se envolver em uma grave denúncia de violência contra sua ex-mulher, Fabiola Yañez.
A província administrava por Kicillof é a principal do país vizinho. Ela não envolve, porém, a capital argentina, Buenos Aires, que é considerada cidade autônoma e é administrada por Jorge Macri, irmão do ex-presidente Mauricio Macri.
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