Política
Candidato a prefeito, Datena diz que ‘objetivo principal é ser senador’
Há pelo menos uma década que o apresentador ensaia voo na política, mas desiste de última hora
Candidato à prefeitura de São Paulo, o apresentador José Luiz Datena voltou a rechaçar, nesta terça-feira 6, a possibilidade de desistir da disputa pela administração municipal, mas disse que seu objetivo principal na política é ser senador da República. As declarações foram em entrevista à jornalista Natuza Nery, do podcast O Assunto, do G1.
O cargo estará em disputa nas eleições de 2026. Isso significa que, caso seja eleito prefeito, Datena pode deixar o mandato na metade para concorrer a uma vaga no Senado.
A fala ocorreu após o apresentador ser questionado sobre uma suposta traição à deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que também é candidata à prefeitura da capital paulista.
Ele sustentou que a parlamentar trocou um “ativo importante do partido” pela possibilidade de ganhar mais tempo de TV e “correu o risco” de os tucanos fazerem uma pesquisa de opinião para testá-lo.
“Naquele momento eu não queria ser prefeito [pelo PSB]. Ainda hoje meu objetivo principal é ser senador. É o que eu sempre pensei: queria começar como senador, mas no meio do caminho a Tabata queria mais minutos de [propaganda eleitoral na] televisão”, rebateu Datena.
Mais adiante, o ex-apresentador emendou: “Em nenhum momento eu traí a Tabata. Queria ser vice dela, e eu só fiquei sabendo pela imprensa que ela já estava negociando, começou a negociar [com o PSDB] com a possibilidade de eu desistir”.
Ao ser questionado sobre uma possível desistência, Datena demonstrou certa irritação com o tema e descartou qualquer possibilidade de abandonar a disputa.
“Eu iria, se houvesse apoio do partido. Eu sinto que há apoio de grande parte do partido. Essa é uma outra eleição, vou até para calar a boca dessas pessoas. Eu tenho uma missão de ajudar o povo”, disse o tucano.
Há pelo menos uma década que José Luiz Datena ensaia voo na política, mas desiste de última hora das candidaturas. O comunicador já passou por 11 partidos políticos (PT, PP, União Brasil, MDB, entre outros) e recuou de concorrer a cargos eletivos em São Paulo.
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