Justiça

Justiça de São Paulo nega ação sobre conflito de interesse na privação da Sabesp

O suposto conflito envolve Karla Bertocco, ex-diretora da Equatorial Participações e Investimentos, no conselho que deliberou favoravelmente à privatização

Justiça de São Paulo nega ação sobre conflito de interesse na privação da Sabesp
Justiça de São Paulo nega ação sobre conflito de interesse na privação da Sabesp
Instalações da Sabesp Foto: Semil-SP/Divulgação
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou a ação que apontava um possível conflito de interesse no processo que resultou na privatização da Sabesp, concluído na última terça-feira 23.

A ação foi protocolada pela vereadora Luana Alves (PSOL-SP).  A principal irregularidade apontada é que a executiva Karla Bertocco, ex-diretora da Equatorial Participações e Investimentos, estava no conselho que deliberou favoravelmente à privatização. A Equatorial foi a única a apresentar uma proposta para assumir a posição de investidor referência, com 15% das ações.

Segundo o juiz Fausto Dalmaschio Ferreira, da 11ª Vara da Fazenda Pública, as normas estaduais foram seguidas e interromper o trâmite acarretaria em prejuízos ao estado.

“A desestatização foi publicizada de maneira adequada e vem seguindo o cronograma previsto, de modo que interrompê-la no âmbito de medida cautelar criaria o risco de prejuízos orçamentários relevantes”, disse.

Ele citou ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal, que negou suspender a privatização.

“Tal como apontou o Supremo Tribunal Federal ao indeferir a medida cautelar na ADPF 1182, cuja questão fática posta é quase idêntica à da presente ação, não há prova suficiente a autorizar a concessão de tutela de urgência, além do risco do dano inverso”, afirma o documento.

Com 12 mil funcionários, a Sabesp tem um valor de mercado superior a 50 bilhões de reais. Trata-se de uma companhia superavitária, que apresentou um lucro líquido de 3,52 bilhões de reais no ano passado, alta de 12,9% em relação ao resultado obtido em 2022.

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