Política

Nova operação da PF mira envolvidos em suspeita de fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro

Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em Duque de Caxias e no Rio de Janeiro

Nova operação da PF mira envolvidos em suspeita de fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro
Nova operação da PF mira envolvidos em suspeita de fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro
Ex-presidente está envolvido em possível fraude – Imagem: Mauro Pimentel/AFP
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Uma operação da Polícia Federal (PF) em endereços da cidade do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio, busca mais informações no inquérito que apura possível fraude em cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de pessoas ligadas a ele.

Segundo a investigação da PF, a ferramenta pública de dados sobre vacinação em Duque de Caxias teria sido usada para registros falsos nos sistemas do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), hoje secretário estadual de Transportes do estado do Rio de Janeiro; e à secretária de Saúde da cidade, Célia Serrano. Eles ainda não se manifestaram. A investigação tenta, ainda, identificar outras pessoas que possam estar envolvidas na suposta fraude.

A fraude teria acontecido a partir da inclusão de registro de doses da vacina contra covid-19 nos cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares para que ele pudesse entrar nos Estados Unidos em dezembro de 2022. Na época, a vacinação contra a doença era uma exigência do governo dos EUA aos visitantes.

De acordo com informações do G1, a Procuradoria-Geral da República afirma que Washington Reis e alguns de seus familiares também teriam utilizado o esquema para ter o registro da vacinação contra a covid-19 sem terem tomado o imunizante.

A PF informou que “apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde”.

Esta é a segunda fase da chamada Operação Venire, que em maio do ano passado levou à prisão do tenente-coronel Mauro Cid, que foi um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro enquanto presidente da República.

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