Política

Conselho de Ética da Alerj arquiva processo contra deputada Lucinha, suspeita de integrar milícia

Agora, a mesa diretora vai decidir se o tema vai à plenário ou será arquivado

Conselho de Ética da Alerj arquiva processo contra deputada Lucinha, suspeita de integrar milícia
Conselho de Ética da Alerj arquiva processo contra deputada Lucinha, suspeita de integrar milícia
Foto: Divulgação/Alerj
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O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira 20, arquivar o processo contra a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD-RJ), conhecida como Lucinha.

Ela foi alvo de uma operação da Polícia Federal no ano passado por suspeita de ter ligações com milicianos da Zona Oeste do Rio. Nesta semana, ela foi denunciada pelo Ministério Público.

A votação teve quatro votos a favor do arquivamento das denúncias:

Vinicius Cozzolino (União);
Júlio Rocha (Agir);
Cláudio Caiado (PSD); e
Renato Miranda (PL).

Dois votaram contra:

Martha Rocha (PDT); e
Dani Monteiro (PSOL).

O deputado Jorge Felippe Neto (Avante) não votou por conta da proibição de que isso seja feito de maneira virtual. Agora, a mesa diretora vai decidir se o tema vai à plenário ou será arquivado.

Investigações contra a deputada

A parlamentar, que tem como reduto político a Zona Oeste do Rio, começou na política tendo o seu nome ligado ao PDT. Nos anos 1990, foi eleita pela primeira vez como vereadora do Rio, fazendo parte dos quadros do PDSB.

Antes, Lucinha tinha sido uma das criadoras da Federação das Associações dos Moradores do Estado do Rio (Famerj).

Os anos como vereadora levaram Lucinha a presidir a Comissão de Saúde e uma CPI que apurou, no início dos anos 2000, um esquema conhecido como Máfia do IPTU. Na eleição de 2008, ela chegou a ser a vereadora mais votada do Rio, com quase 70 mil votos.

A chegada de Lucinha à Alerj aconteceu em 2011. Desde então, ela ocupa o cargo de deputada estadual de forma ininterrupta. Hoje, no entanto, foi afastada do posto por decisão da Justiça Estadual. A suspeita é de que ela e uma assessora seriam o ‘braço político’ da milícia de Zinho.

De acordo com a PF, Lucinha atuava “especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.”

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