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Justiça Federal dá 15 dias para União detalhar acusações contra Pablo Marçal

Coach teria disseminado informações falsas sobre a atuação do governo federal no Rio Grande do Sul

Justiça Federal dá 15 dias para União detalhar acusações contra Pablo Marçal
Justiça Federal dá 15 dias para União detalhar acusações contra Pablo Marçal
Foto: Wikimedia Commons
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A Justiça Federal de Barueri, em São Paulo, determinou que a União faça um detalhamento sobre eventual responsabilização do coach Pablo Marçal na divulgação de informações falsas sobre as enchentes do Rio Grande do Sul.

A determinação partiu de um pedido de resposta protocolado pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra o influenciador. Ele teria, segundo o braço jurídico do governo federal, intencionalmente disseminado mentiras sobre as ações da gestão Lula (PT) na tragédia no estado gaúcho.

O influenciador, que tem mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, chegou a afirmar que um empresário teria disponibilizado mais aeronaves que a Força Aérea Brasileira para as ações de suporte à população do estado. Ele ainda insistiu na tese de que o governo Lula não estaria “fazendo nada” para prestar auxílio aos gaúchos.

Para a AGU, a desinformação está fora da guarida da liberdade de expressão e “atinge diretamente o direito fundamental à informação correta”.

A decisão da 1ª Vara Federal de Barueri solicita que a União esclareça se as informações, alegadamente falsas, teriam sido publicada em redes direta ou indiretamente geridas por Marçal. Ela pede ainda detalhes de como o coach teria participado da edição ou divulgação dos vídeos.

O juiz federal ainda solicitou dados sobre o número de homens, helicópteros, veículos e equipamentos mobilizados pelas Forças Armadas para atuação na cidade de Encantado, no RS. Segundo o magistrado, tais dados seriam necessários para confrontar as alegações feitas por Marçal.

A decisão ainda sinaliza que o pedido feito pela AGU não estaria amparado pela lei que trata de direito de resposta, uma vez que o veículo propagador, as redes de Marçal, não teriam teor jornalístico.

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