CartaExpressa
TSE condena União Brasil a devolver R$ 765 mil por gastos irregulares do PSL em 2018
Em 2018, o PSL abrigava a campanha de Jair Bolsonaro para o Planalto


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta terça-feira 23, que o União Brasil devolva 765 mil reais aos cofres públicos por gastos irregulares nas eleições de 2018.
A condenação desta terça-feira era, inicialmente, destinada ao PSL, partido que abrigava Jair Bolsonaro naquele ano. Acontece que, em 2022, o PSL se fundiu ao DEM e deu origem ao União Brasil. A sigla, por ordem do TSE, herdou a dívida e terá que fazer a devolução do dinheiro.
A irregularidade foi apontada no relatório referente às verbas do fundo partidário, cujo montante equivalente a 8,17% do total recebido pela sigla em 2018.
Ao todo, os ministros do TSE apontaram 12 irregularidades no uso do fundo partidário. A maioria do valor é referente a débitos na conta bancária com divergências ou sem documentação no sistema de prestação de contas.
O relator do caso, o ministro Ramos Tavares, apontou que o percentual de irregularidades foi baixo e, por não haver indícios de má-fé ou óbice à fiscalização, votou pela aprovação com ressalvas das contas da legenda. Partiu dele a determinação da devolução da quantia acatada pelos demais ministros.
O valor deverá ser pago pelo União Brasil corrigido, com os próprios recursos da sigla, o que pode prejudicar as pré-campanhas do partido nas eleições municipais deste ano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Nunes Marques autoriza inquérito contra Bivar por ameaças ao novo presidente do União Brasil
Por Wendal Carmo
Como a guerra interna do União Brasil afeta a relação entre a sigla e o Planalto
Por Wendal Carmo
União Brasil expulsa deputado acusado de mandar matar Marielle
Por Wendal Carmo
Moraes segue a PGR e manda a PF aprofundar investigação sobre Bolsonaro
Por CartaCapital