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PF diz ao STF que investigados fizeram lives no X mesmo com contas bloqueadas

Relatório também aponta o uso do Spaces para interação com contas suspensas por ordem judicial

PF diz ao STF que investigados fizeram lives no X mesmo com contas bloqueadas
PF diz ao STF que investigados fizeram lives no X mesmo com contas bloqueadas
Elon Musk é o proprietário da Starlink e do X, antigo Twitter - Foto: Alain Jocard/AFP
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A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal que investigados no Inquérito das Milícias Digitais promoveram transmissões ao vivo no X (ex-Twitter) mesmo com as contas suspensas por ordem judicial.

No relatório, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira 19, a corporação afirma que as lives puderam ir ao ar mesmo sem o uso de VPN, que altera artificialmente a origem do sinal.

“Diante do exposto, verificou-se que a rede social X apesar de bloquear as postagens feitas e recebidas pelos investigados em seus canais, ao autorizar a transmissão de conteúdo ao vivo permitiu o uso de sua plataforma, desde 08 de abril de 2024, pelos seguintes perfis: @RConstantino; @realpfigueiredo; @eustaquiojor e @marcosdoval, @allanldsantos e @tercalivre”, diz a PF em um trecho do documento.

O relatório sustenta ainda que o recurso Spaces, do X, “está sendo utilizado para permitir que usuários brasileiros da plataforma X possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial”.

Em 7 de abril, Moraes incluiu o bilionário Elon Musk, dono do X, no Inquérito das Milícias Digitais, a mirar grupos que atentam contra a democracia. Segundo o ministro, o empresário praticou, em tese, uma “dolosa instrumentalização criminosa” da rede social.

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