Justiça

CNJ marca o julgamento sobre ‘gestão caótica’ de dinheiro na Lava Jato

A votação tem o potencial de atingir diretamente o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná

Sergio Moro e Gabriela Hardt. Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil; e Reprodução
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O presidente do Conselho Nacional de Justiça, Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima terça-feira 16 o julgamento do relatório sobre a inspeção nos tribunais responsáveis pela Lava Jato.

A votação tem o potencial de atingir diretamente o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná, e a juíza Gabriela Hardt. Os dois, ex-titulares da 13ª Vara Federal de Curitiba, estão na mira devido a indícios de violações praticadas no âmbito da operação.

Outros alvos da apuração os desembargadores federais Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgava os processos da Lava Jato na segunda instância.

O processo no CNJ, sob a relatoria de Luís Felipe Salomão, é o 13º item da pauta da próxima terça.

Um relatório parcial da inspeção, emitido pelo CNJ em setembro de 2023, apontou indícios de “um possível conluio envolvendo os diversos operadores do sistema de justiça”, cujo objetivo seria destinar bilhões de acordos no exterior para “interesse exclusivo” de integrantes da Lava Jato.

Segundo o Conselho, houve uma “gestão caótica” de verbas resultantes de acordos firmados com empresas pelo Ministério Público Federal e homologados pela 13ª Vara.

No período entre 2015 e 2018, o juiz titular era Sergio Moro e a juíza substituta era Gabriela Hardt. Já o procurador-chefe da Lava Jato em Curitiba era Deltan Dallagnol.

O agendamento da sessão ocorre um dia depois de o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná rejeitar as ações que pediam a cassação do mandato de Moro por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

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