CartaExpressa
AGU critica Musk em reunião da OEA: ‘Não há imunidade digital para cometer crimes’
Jorge Messias defende que as bigs techs prestem contas e respeitem a legislação dos países nos quais operam
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou ter denunciado nesta segunda-feira 8, em uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington (EUA), “o recente ataque coordenado pela extrema-direita transnacional contra a democracia brasileira”.
Trata-se de uma referência à campanha deflagrada pelo empresário Elon Musk, dono do X, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e decisões da Corte.
A Comissão é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos voltado à promoção dos direitos humanos no continente.
Messias também disse ter anunciado que o Estado apresentará em breve propostas “com alcance internacional” para enfrentar discursos de ódio, extremismo e desordem informacional – práticas que, segundo ele, impulsionam o “lucro fácil” de redes sociais.
“As bigs techs precisam prestar contas e respeitar a legislação dos países onde operam. No Brasil, a liberdade de expressão é sagrada, mas não existe imunidade digital para cometimento de crimes”, declarou o AGU no X. “Somos pacíficos, mas sabemos defender com altivez nossa Constituição e as nossas instituições democráticas.”
Com a campanha de Musk, ganhou força a pressão para retomar o chamado PL das Fake News, que está estacionado na Câmara dos Deputados desde maio de 2023. O relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), anunciou que tentará viabilizar a votação do projeto.
Relacionadas
CartaExpressa
Zanin não julgará recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade de 8 anos
Por CartaCapitalCartaExpressa
Barroso: Judiciário transferiu R$ 63 milhões para socorro ao Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF declara inconstitucional lei de cidade mineira sobre CACs
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF mantém a prisão de Monique Medeiros, acusada do homicídio de Henry Borel
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.