Justiça

Moraes revê decisão e manda prender coronel investigado por omissão no 8 de Janeiro

Divergência sobre reserva remunerada motivou a nova decisão do ministro do STF

Moraes revê decisão e manda prender coronel investigado por omissão no 8 de Janeiro
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Carlos Gandra/CLDF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou prender novamente nesta quarta-feira 3 o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, réu por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.

O PM havia sido solto na semana passada por decisão de Moraes. Ao relaxar a prisão, o ministro havia considerado que a ida do coronel para a reserva remunerada (uma espécie de aposentadoria) afastaria a possibilidade de obstruir a investigação.

No entanto, Casimiro, que chefiava o 1º Comando de Policiamento Regional do DF durante a invasão bolsonarista às sedes dos Três Poderes, permanece na ativa.

Por isso, o ministro determinou seu retorno ao 10º Batalhão da Polícia Militar, em Ceilândia, onde estava preso. O advogado do coronel, Danillo de Oliveira Silva, confirmou a ordem do Supremo, disse que analisa os fundamentos da nova detenção e reafirmou o interesse do réu de contribuir com a Justiça.

“[A defesa] reforça que não pretende de forma alguma tumultuar o processo e a única coisa que deseja no momento é provar sua inocência sem o sacrifício da liberdade”, acrescenta a nota.

Na quarta, Moraes mandou soltar o coronel Paulo José Bezerra, que também estava preso por suposta omissão nos atos antidemocráticos. O militar teve seu porte de arma cancelado, será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de se comunicar com outros investigados.

Em fevereiro, a 1ª Turma do STF aceitou a denúncia da PGR e tornou Casimiro, Bezerra e outros cinco oficiais que integravam a cúpula da PM réus por envolvimento na invasão às sedes dos Três Poderes.

Para o Ministério Público Federal, havia “uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PM do Distrito Federal denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

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